Eu gosto de criar teorias pras coisas. Qualquer coisa. Mesmo
que elas sejam a maior besteira do mundo, sempre dá de criar uma história
maluca por trás daquilo. É uma fonte
inesgotável. Eu tenho uma teoria pra gente.
Tu prefere que as pessoas vejam teu interno do que o teu
externo. Você tem olhos de fotógrafo, ou seja, consegue enxergar a beleza onde
poucos enxergam. Acho que é por isso que no teu instagram, tu tem muitas fotos
de coisas legais que tu viu ou lugares legais que tu esteve, do que fotos da
tua cara pra vender beleza. Você consegue captar os mínimos detalhes e reflete o
que sente de forma minimalista.
Eu sou diferente. Sou espalhafatoso. Tenho mania de
grandeza. Acho que tudo virá com grandes certezas, com grandes sinais e
demonstrações, tão óbvios que ficariam comuns a todos. Só que eu não tenho a autoestima
boa, mas gosto quando me elogiam, meio que pra elevar um ego ferido – e dar uma
certeza – que sabe que tem coisas boas, mas se apequena ao fazer comparações
indecentemente injustas. Por isso que o meu instaram tem fotos minhas, mas
fotos tiradas por outras pessoas, daquelas que de cinquenta, só uma ou outra
presta. O que eu considero como “um
olhar de alguém legal pra mim”.
E como o destino é estranhamente encaixado, a minha teoria
é: seu olhar legal pelas coisas capturou o meu desejo de receber olhar de alguém
legal. E deu match. Naquele dia que a gente se olhou olho no olho. Lá no
quiosque.
Foram uns segundos que duraram muito tempo. Consigo sentir
as borboletas no meu estômago como se estivesse sendo agora.
Já ouvi dizer que felicidade é um instante onde se deseja
que perpetue pela eternidade.
Se eu pudesse escolher um momento pra reviver em looping, eu
já teria minha escolha.
Eu pensei nessa teoria enquanto te stalkeava. Desculpa, eu
avisei desde o começo que era maluco.
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