quinta-feira, 24 de maio de 2018

O BEM DO MAL


Oi, sou eu, o cara mais perigoso da cidade. Você me conhece. E dessa vez não vou me alongar, mas você sabe que eu te amo. Eu costumo dizer isso numa frequência menor do que eu gostaria, mas isso não importa. Os meus pratos estão perfeitamente equilibrados nas minhas varetas, estou à disposição para te ajudar a equilibrar os seus. Nem sei se você quer minha ajuda, mas isso também não importa. Como qualquer vilão ou anti-herói que se motiva pelos sentimentos, eu te observo de longe, torcendo pra gente se encontrar e admitindo o extremo egoísmo em te querer pra mim, quando o mundo é teu. Penso em ser invasivo, penso em me distanciar de vez, nenhum desses caminhos me agrada. Qualquer dia desses a gente se encontra em outro planeta e toma um café com o senhor Agenor de Oliveira ou legaliza um beque com o menino Cazuza no camarim, podemos até voar de balão, só nós dois. O fato é que o mundo será pequeno demais se juntarmos nossos infinitos. Você tem medo de conquistar o mundo?