domingo, 7 de abril de 2019

NADA

Hey! Mais uma vez me encontro escrevendo pra leitores inexistentes sobre uma destinatária específica. Já faz um tempo que não o faço, estava um pouco cansado de mim mesmo. As relações são como um jogo. As pessoas falam ou fazem coisas visando uma resposta coerente com o que é proposto. Então muitas vezes as pessoas se perdem na busca da resposta que querem, falando ou fazendo coisas que não condizem com elas mesmas. Eu sempre procurei "jogar" de forma diferente, tentando não me perder entre quem eu sou e o que eu quero, mas até a minha forma de jogar me irritou num dado momento.

Eu tava cansado das pessoas. Das futilidades. Da falta de empatia. Da soberba pelo conhecimento (ou pela falta dele). Cansado de viver num mundo regido por regras claramente erradas, mas que te massacra por estar indo na contramão. E você, sabendo que está certo, sofre por não ser aceito. E eu nem falo de ser aceito por um grupo, é só a vontade de convencer todo mundo do seu ponto de vista pra, com certeza, tornar o planeta um lugar melhor. Mas é um grito que tem o silêncio como resposta. Daí a gente sofre e se cansa de tentar mudar o mundo.

Mas este que vos escreve, que pensa que entende sobre como as pessoas se sentem, nunca perdeu a capacidade de se surpreender, e, diga-se de passagem, isso já me porporcionou um bocado de coisas legais. Outras ruins. Mas a maioria muito legal.

A vida tem suas travessuras. Talvez esse seja o charme.

A gente recebe sinais dos nossos superiores que nos assistem. E quem sou eu pra discordar deles. A primeira vez que a vi, eu já sabia. Quando eu vi ela andando na minha direção, eu já sabia. Quando eu ouvi a risada dela pela primeira vez, eu tive certeza. A vida pregou uma peça comigo.

Eu sempre soube da sua chegada. Os leitores inexistentes que me acompanham sabem disso. Que eu já fiquei puto dela demorar, já a confundi e já tinha duvidado da sua existência. Mas ela veio. Veio pra por sentido em toda a bagunça, veio pra acalentar e permanecer. É como aquele arco íris que surge no céu depois de uma grande tempestade, como um sinal de que agora está tudo bem.

E é exatamente assim que eu me sinto com ela. Extremamente bem e feliz. Sinto que sou suporte e que tenho suporte. Sinto que vibramos na mesma frequência, mas também não tinha como, eu nunca vi um ser tão radiante quanto aquela moça, ela espalha felicidade onde chega. Eu fecho os olhos e a vejo. Eu imagino seus sorrisos e sorrio também. Algo grandioso está batendo na minha porta, e eu como um ótimo anfitrião, deixo entrar da melhor maneira.

É impossível não ter medo dela ir embora, ou qualquer outro medo bobo e irracional.  Desculpa, moça. É só segurar minha mão e dizer que tá tudo bem. Esses medos vem de coisas que machucaram, é um mecanismo de defesa pra um pobre escritor que não quer perder o que ele considera a sua maior fonte de inspiração.

Mas como me disseram uma vez: O amor é paciente, é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo SUPORTA.

Já tenho vontade de viver todos os momentos com ela. Desde os mais clichês até os mais aleatórios. Quero beija-la na chuva, levar pra conhecer praias e cachoeiras, quero fazer piadas que só ela entende, né laranja? Quero abraça-la no frio, no calor, em Paris, no meio de um show, na saída de um bar, porque o seu abraço é o meu refúgio.

Eu penso tudo isso ao mesmo tempo durante um abraço. São tantos pensamentos bons que eu só consigo rir.

"O que foi?" - Ela pergunta

"Nada"

Taí o meu nada.