terça-feira, 11 de junho de 2019

ENCOSTADO NO COQUEIRO


[ler ao som de Luzes da Cidade (Live – Bis) – Marcelo Camelo]

Senhoras e senhores leitores inexistentes, eu achei! Agradeço a todos que me acompanharam até aqui e torceram pra esse momento acontecer. Deixe-me apresenta-la a vocês. O nome dela é Julyana. Esse nome é legal né? Toda filme brasileiro tem uma personagem que é muito legal e o nome é Ju. Todo mundo tem a sua Ju. E ela é a minha Ju. Até o nome dela é legal.
Ela é um ser humano incrível. Eu me apaixonei por cada pedaço da personalidade dela. Se ela fosse um cara, eu confirmaria Freud que acha todos somos bissexuais. Eu gosto do seu sorriso, da sua risada, da boca grande, de TODAS as expressões faciais totalmente verdadeiras. Gosto do seu toque, do seu abraço, do seu beijo, que começou tímido e depois de muitas laranjas tornou-se o melhor beijo. Eu gosto do seu corpo, que parece ter sido desenhado especialmente pra se encaixar no meu (tão contestado por mim mesmo) corpo. Viu? Eu amo o jeito como ela cuida de todo mundo, como as pessoas que tão perto dela precisam de luz e ela é – mesmo sem saber – luz para todos. O amor que ela tem com os outros é como de uma mãe, que tudo compreende e tudo sofre, e mesmo assim, ama.
Mas ninguém está livre dos próprios fantasmas, e ela também coleciona alguns deles. E eu fico extremamente triste deles existirem. Um dia conversando com ela, eu disse que: toda memória guardada só existe porque está conectada com uma emoção, e que um trauma é uma memória que interfere no presente. Outras versões de mim se esforçariam ao máximo pra tentar solucionar os traumas dela. Mas o meu “eu permanente” entende que só ela pode resolvê-los, no tempo dela, e que meu papel é apoiar e ajudar com tudo que for possível. Eu quero proporcionar a ela memórias incrivelmente felizes para que ela substitua cada um das que a atormentam. Quero ser o porto seguro.
Imagina você sentado de frente pro mar, encostado num coqueiro, sentindo a brisa do mar, cabelo voando, uma sensação de paz absoluta, esquecendo todos os problemas, simplesmente vivendo esse momento extremamente prazeroso e limpando o seu corpo de toda energia negativa, ficando só o que tem de melhor em você. É e x a t a m e n t e assim que eu me sinto quando estou com ela. Ela é a única que me faz me sentir cem por cento seguro, certo de quem eu sou, de quem eu posso ser, de quem eu posso ajudar, das responsabilidades que posso assumir e o legado que posso deixar. E eu só penso em retribuir isso, entende? Fazer tanto bem quanto ela me faz. E acredite, não é pouco, é MUITO BEM.
Acho que nossa conexão é algo que não é comum a todos, mas eu desejo que aconteça com você que está lendo isso. Porque é a coisa mais linda que tem. Todas as versões de mim que escreveram aqui estão orgulhosos e felizes por eu tê-la encontrado. Ou talvez, ela que me encontrou e me salvou. Eu sempre pedi pras divindades que nos regem pra ser luz por onde passasse. E agora, senhoras e senhores, a luz veio a mim.